"Caminhando juntos na jornada da autodescoberta."

Autocuidado no Acompanhamento Terapêutico

Demonstramos neste, como uma forma de encerramento da minissérie de artigos sobre a profissão do Acompanhante Terapêutico (AT), e dissertaremos sobre as atividades desempenhadas, a preparação, a estruturação e o perfil psicológico que esse profissional exerce ao longo de todo o seu percurso. Percorrendo a leitura tentaremos deixar visível, o apoio, o desenvolvimento de habilidades, a empatia e a inteligência emocional, além do embasamento teórico que esse profissional delineia em toda a sua práxis. Por ser uma atividade que se desenvolve majoritariamente fora dos espaços institucionais, o AT precisa de algum respaldo teórico e prático, para que não acabe se transformando em um trabalho de “dama de companhia”, ou como se costumava chamar o serviço em seu início: “serviço de babá”. O AT é uma poderosa ferramenta (e não somente uma ferramenta) no manejo dos casos que acompanha. O Acompanhamento Terapêutico vai além de uma simples ferramenta, é uma atividade clínica que se utiliza dos elementos do cotidiano para atingir os seus objetivos terapêuticos. Para que esta definição fique bem entendida, devem ser estabelecidas as relações, em cada caso, entre os elementos do cotidiano e os objetivos terapêuticos. Para cada caso, os elementos e objetivos serão diferentes. Dentre as definições que são encontradas na literatura, há algumas que privilegiam a substância do AT.

“O Acompanhamento Terapêutico é uma clínica que acontece no cotidiano, nos mais variados espaços e contextos. Entre as suas características mais marcantes estão o resgate e a promoção da circulação do paciente pela cidade, construindo ou simplesmente explorando redes preexistentes. Predominantemente, o AT tem sido um recurso utilizado no tratamento de pacientes diagnosticados como psicóticos, sendo entretanto, cada vez mais indicado para pacientes com outros diagnósticos” (Carvalho, 2004. p 23)

Para o caso da definição acima, temos os elementos necessários: substância e atributos. Entretanto, o cotidiano aparece apenas como lugar onde acontece o atendimento. Porém, o cotidiano é o grande diferencial da clínica do AT. É um cotidiano ativo, mesmo quando inerte, mesmo quando sem vida. Sem o cotidiano do paciente não poderia existir o trabalho. Cada um dos elementos da vida do paciente exerce influência em suas articulações subjetivas. Acontece que o movimento assimilado não é o mesmo para duas pessoas diferentes. Acompanhante e acompanhado experimentam, muitas vezes, os mesmos objetos, mas frequentemente, sensações diferentes. Assim, podemos definir Acompanhamento Terapêutico:

“Atividade clínica exercida no espaço-tempo cotidiano, mediada e potencializada pelo mesmo, tendo como instrumentos a intuição e a relação terapêutica para remissão de crises e produção de movimento saudável (concreto e subjetivo), visando a um resgate existencial e ocupacional do paciente.” (Werneck, 2010)

Trata-se de uma proposta de prestação de serviços de acompanhamento terapêutico individualizado às pessoas com transtorno por uso de substâncias, que retornam ao convívio social após período de internação em clínicas, comunidades terapêuticas ou instituições prisionais. O acompanhamento terapêutico proposto será realizado por profissional especializado, que poderá ser supervisionado por psiquiatra e/ou psicólogo, e busca o desenvolvimento de habilidades sociais dos acompanhados, por meio de informações, de autoinstruções, de capacitação para enfrentamento e solução de problemas, contribuindo para a construção de comportamentos hábeis e de competências sociais, que variam de indivíduo para indivíduo e, também, em relação ao contexto em que esse indivíduo está inserido.

As práticas a serem utilizadas serão desenvolvidas especialmente para cada indivíduo, com realização de avaliação dos resultados não só pelo profissional, mas também pela pessoa que está sendo acompanhada. Tais práticas terão níveis de dificuldade gradualmente elevados, com a finalidade de atingir um grau máximo, a fim de que o indivíduo possa ser o próprio gestor de suas ações e reações, nos mais diversos tipos de relações interpessoais. Também será trabalhada a forma como a pessoa expressa seus sentimentos e sua capacidade de colocar sua opinião, evitando-se que ocorram perdas nas interações e respostas de ansiedade. Assim, o indivíduo terá condições de agir de acordo com seus interesses mais importantes, defendendo seu ponto de vista sem reações inapropriadas, demonstrando de maneira confortável seus pensamentos e sentimentos, sempre respeitando os seus e os direitos dos outros.

O serviço tem por foco as necessidades e peculiaridades do indivíduo para desenvolver novos comportamentos e crenças, com o aprendizado de técnicas a serem utilizadas para evitar ou até confrontar situações que anteriormente a pessoa não tinha sucesso. O acompanhamento terapêutico concorre para a evolução no manejo de situações críticas, proporcionando novas formas de reação a estímulos (por exemplo, estímulos visuais em TV e filmes) e reforçando os novos hábitos para que o indivíduo possa identificar relações e situações disfuncionais, habilidades essas que poderão conduzir essa pessoa a um novo estilo de vida. O acompanhamento terapêutico é, portanto, uma ferramenta importante para ampliação do repertório de cada indivíduo para agir e reagir frente às adversidades.

O AT é um agente que atua como “um arranjador de contingências de reforço e dispensador de reforço positivo” (Savoia & Sampaio, 2010, p. 39). Na troca com o acompanhado no processo terapêutico identifica e caracteriza o repertório já adquirido e instrumentaliza para que este conscientize-se dessas ferramentas como utilizadas previamente para outros contextos, ou ainda, aparelha o acompanhado para acionar novas modelagens de repertório e modificação de crenças cristalizadas. Como acompanhante da pessoa em sofrimento psíquico, precisa agir com segurança e confiança em seu trabalho, atributos como inteligência emocional, autoconsciência, autocontrole aliados a uma automotivação e empatia são vitais para o perfil desse profissional. Portador de uma inteligência social e munido de técnicas de habilidades sociais com forte tendência a resiliência e flexibilidade. Precisa falar com clareza de forma concreta e sem metáforas ou utilizar respostas ambíguas. É necessário saber tolerar o silêncio, e muitas vezes ser a sombra protetora e nunca se esquecer de cumprir bem os combinados para que não se quebre o vínculo estabelecido.

A inteligência social auxiliará esse profissional a lidar com o contexto sociofamiliar do acompanhado, entendendo essa funcionalidade e disposições para muni-lo de estratégias de enfrentamento e tomadas de decisões. Sem muitas delongas e planejamentos a longo prazo, contudo com possibilidades reais e realistas do estabelecimento de um projeto de vida. Trabalhando de forma organizada, o AT estará atento a ocorrências manipuladoras por parte de seu acompanhado, em uma vigilância constante e uma atitude clínica e ética sem envolvimentos pessoais que possam prejudicar a relação terapêutica estabelecida no tripé paciente, família e rede de apoio. Para isso, o conhecimento sobre a rede de apoio e o conhecimento da região a qual o paciente está situado abre uma melhor amplitude de sua atividade em um diálogo multidisciplinar e multifacetado. Debruça-se ainda, em um estudo contínuo e sempre abrangente sobre sua área de atuação, respaldado em traquejos clínicos sempre direcionado para artigos e publicações mais recentes. Apoiado em uma estratégia clínica ética, esclarecedora e diretiva sem desconsiderar a responsabilidade de uma supervisão e autocuidado em seu trabalho. Esse autocuidado e supervisão contínua possui extrema importância por tratar-se de uma atuação extremamente desgastante a qual requisita muita atenção e dedicação além de considerável disposição de horas em certos casos.

Com um respaldo teórico sobre dependência química, por exemplo, disposições legais, rede atendida regional, leis e regimentos, funcionamento biológico, psicológico e ambientais, esse profissional surge como um redefinidor de caminhos e possibilita a autonomia do acompanhado. Influindo nas disfuncionalidades das relações do sujeito – família, muitas vezes potencializadoras da própria dependência química. O AT não se posiciona como um cuidador, e sim, como um atribuidor e conscientizador de repertórios que o próprio acompanhado já possui e foi adquirindo ao longo de seu percurso. O AT é aquele que segura a lanterna esperançosa, enquanto o próprio sujeito traça seus passos rumo a sua libertação. Perguntamos a você leitor: sente-se preparado para ser essa luz?

O Acompanhante Terapêutico como uma luz em um caminho escuro.https://www.viadefuga.com/lanternas-e-lampioes

Este artigo foi elaborado e supervisionado juntamente com os alunos do Curso de AT em DQ de campinas juntamente com este colunista que é o idealizador do curso em Campinas SP, são eles os alunos:

Danyelle Argemira Guimarães Fernandes, graduanda em Psicologia na UNIP Campinas -SP

Eadred de Lima Ribeiro – graduanda em Psicologia pela FAC 3 – Campinas – SP

Henrique Castanheira – graduando Psicologia na UNIP Campinas – SP

 Joaquina Nadir de Mattos, Assistente Social CREES 57089, atua como assistente social no programa de República Terapêutica do Instituto Padre Haroldo e conselheira em Dependência Química pela FLACT e FEBRACT.

 

Leanordo Maia dos Santos, graduando em Psicologia na UNIFRAN – Franca – SP

 REFERÊNCIAS

MARCO, Mariana Nunes da Costa; CALAIS, Sandra Leal. Acompanhante terapêutico: caracterização da prática profissional na perspectiva da análise do comportamento. Rev. bras. ter. comport. cogn., São Paulo, v. 14, n. 3, p. 4-18, dez.  2012 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452012000300002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 19 set.  2020.

PITIA, Ana Celeste de Araújo; SANTOS, Manoel Antônio dos. O acompanhamento terapêutico como SILVA, Alex Sandro Tavares da; SILVA, Rosane Neves da. A emergência do acompanhamento terapêutico e as políticas de saúde mental. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 26, n. 2, p. 210-221,  June  2006 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932006000200005&lng=en&nrm=iso>. acesso em 05 setembro.  2020.  https://doi.org/10.1590/S1414-98932006000200005.

REIS NETO, Raymundo de Oliveira; TEIXEIRA PINTO, Ana Carolina; OLIVEIRA, Luiz Gustavo Azevedo. Acompanhamento terapêutico: história, clínica e saber. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 31, n. 1, p. 30-39,   2011 .   Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932011000100004&lng=en&nrm=iso>. acesso em 05 Setembro 2020.  https://doi.org/10.1590/S1414-98932011000100004.

SIMÕES, C. H.D. A produção científica sobre o acompanhamento terapêutico no brasil de 1960 a 2003: uma análise crítica. Campinas, SP: [s.n.], 2005.

Werneck, Braz. Os três elementos essenciais do acompanhante terapêutico: encontro no cotidiano, intuição e movimento. Psychiatry on line Brazil. Fevereiro de 2010 – Vol.15 – Nº 2.    Disponível em: http://www.polbr.med.br/ano10/pcl0210.php  acesso em 18 Setembro  2020.

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    "Caminhando juntos na jornada da autodescoberta."

    Autocuidado no Acompanhamento Terapêutico

    Demonstramos neste, como uma forma de encerramento da minissérie de artigos sobre a profissão do Acompanhante Terapêutico (AT), e dissertaremos sobre as atividades desempenhadas, a preparação, a estruturação e o perfil psicológico que esse profissional exerce ao longo de todo o seu percurso. Percorrendo a leitura tentaremos deixar visível, o apoio, o desenvolvimento de habilidades, a empatia e a inteligência emocional, além do embasamento teórico que esse profissional delineia em toda a sua práxis. Por ser uma atividade que se desenvolve majoritariamente fora dos espaços institucionais, o AT precisa de algum respaldo teórico e prático, para que não acabe se transformando em um trabalho de “dama de companhia”, ou como se costumava chamar o serviço em seu início: “serviço de babá”. O AT é uma poderosa ferramenta (e não somente uma ferramenta) no manejo dos casos que acompanha. O Acompanhamento Terapêutico vai além de uma simples ferramenta, é uma atividade clínica que se utiliza dos elementos do cotidiano para atingir os seus objetivos terapêuticos. Para que esta definição fique bem entendida, devem ser estabelecidas as relações, em cada caso, entre os elementos do cotidiano e os objetivos terapêuticos. Para cada caso, os elementos e objetivos serão diferentes. Dentre as definições que são encontradas na literatura, há algumas que privilegiam a substância do AT.

    “O Acompanhamento Terapêutico é uma clínica que acontece no cotidiano, nos mais variados espaços e contextos. Entre as suas características mais marcantes estão o resgate e a promoção da circulação do paciente pela cidade, construindo ou simplesmente explorando redes preexistentes. Predominantemente, o AT tem sido um recurso utilizado no tratamento de pacientes diagnosticados como psicóticos, sendo entretanto, cada vez mais indicado para pacientes com outros diagnósticos” (Carvalho, 2004. p 23)

    Para o caso da definição acima, temos os elementos necessários: substância e atributos. Entretanto, o cotidiano aparece apenas como lugar onde acontece o atendimento. Porém, o cotidiano é o grande diferencial da clínica do AT. É um cotidiano ativo, mesmo quando inerte, mesmo quando sem vida. Sem o cotidiano do paciente não poderia existir o trabalho. Cada um dos elementos da vida do paciente exerce influência em suas articulações subjetivas. Acontece que o movimento assimilado não é o mesmo para duas pessoas diferentes. Acompanhante e acompanhado experimentam, muitas vezes, os mesmos objetos, mas frequentemente, sensações diferentes. Assim, podemos definir Acompanhamento Terapêutico:

    “Atividade clínica exercida no espaço-tempo cotidiano, mediada e potencializada pelo mesmo, tendo como instrumentos a intuição e a relação terapêutica para remissão de crises e produção de movimento saudável (concreto e subjetivo), visando a um resgate existencial e ocupacional do paciente.” (Werneck, 2010)

    Trata-se de uma proposta de prestação de serviços de acompanhamento terapêutico individualizado às pessoas com transtorno por uso de substâncias, que retornam ao convívio social após período de internação em clínicas, comunidades terapêuticas ou instituições prisionais. O acompanhamento terapêutico proposto será realizado por profissional especializado, que poderá ser supervisionado por psiquiatra e/ou psicólogo, e busca o desenvolvimento de habilidades sociais dos acompanhados, por meio de informações, de autoinstruções, de capacitação para enfrentamento e solução de problemas, contribuindo para a construção de comportamentos hábeis e de competências sociais, que variam de indivíduo para indivíduo e, também, em relação ao contexto em que esse indivíduo está inserido.

    As práticas a serem utilizadas serão desenvolvidas especialmente para cada indivíduo, com realização de avaliação dos resultados não só pelo profissional, mas também pela pessoa que está sendo acompanhada. Tais práticas terão níveis de dificuldade gradualmente elevados, com a finalidade de atingir um grau máximo, a fim de que o indivíduo possa ser o próprio gestor de suas ações e reações, nos mais diversos tipos de relações interpessoais. Também será trabalhada a forma como a pessoa expressa seus sentimentos e sua capacidade de colocar sua opinião, evitando-se que ocorram perdas nas interações e respostas de ansiedade. Assim, o indivíduo terá condições de agir de acordo com seus interesses mais importantes, defendendo seu ponto de vista sem reações inapropriadas, demonstrando de maneira confortável seus pensamentos e sentimentos, sempre respeitando os seus e os direitos dos outros.

    O serviço tem por foco as necessidades e peculiaridades do indivíduo para desenvolver novos comportamentos e crenças, com o aprendizado de técnicas a serem utilizadas para evitar ou até confrontar situações que anteriormente a pessoa não tinha sucesso. O acompanhamento terapêutico concorre para a evolução no manejo de situações críticas, proporcionando novas formas de reação a estímulos (por exemplo, estímulos visuais em TV e filmes) e reforçando os novos hábitos para que o indivíduo possa identificar relações e situações disfuncionais, habilidades essas que poderão conduzir essa pessoa a um novo estilo de vida. O acompanhamento terapêutico é, portanto, uma ferramenta importante para ampliação do repertório de cada indivíduo para agir e reagir frente às adversidades.

    O AT é um agente que atua como “um arranjador de contingências de reforço e dispensador de reforço positivo” (Savoia & Sampaio, 2010, p. 39). Na troca com o acompanhado no processo terapêutico identifica e caracteriza o repertório já adquirido e instrumentaliza para que este conscientize-se dessas ferramentas como utilizadas previamente para outros contextos, ou ainda, aparelha o acompanhado para acionar novas modelagens de repertório e modificação de crenças cristalizadas. Como acompanhante da pessoa em sofrimento psíquico, precisa agir com segurança e confiança em seu trabalho, atributos como inteligência emocional, autoconsciência, autocontrole aliados a uma automotivação e empatia são vitais para o perfil desse profissional. Portador de uma inteligência social e munido de técnicas de habilidades sociais com forte tendência a resiliência e flexibilidade. Precisa falar com clareza de forma concreta e sem metáforas ou utilizar respostas ambíguas. É necessário saber tolerar o silêncio, e muitas vezes ser a sombra protetora e nunca se esquecer de cumprir bem os combinados para que não se quebre o vínculo estabelecido.

    A inteligência social auxiliará esse profissional a lidar com o contexto sociofamiliar do acompanhado, entendendo essa funcionalidade e disposições para muni-lo de estratégias de enfrentamento e tomadas de decisões. Sem muitas delongas e planejamentos a longo prazo, contudo com possibilidades reais e realistas do estabelecimento de um projeto de vida. Trabalhando de forma organizada, o AT estará atento a ocorrências manipuladoras por parte de seu acompanhado, em uma vigilância constante e uma atitude clínica e ética sem envolvimentos pessoais que possam prejudicar a relação terapêutica estabelecida no tripé paciente, família e rede de apoio. Para isso, o conhecimento sobre a rede de apoio e o conhecimento da região a qual o paciente está situado abre uma melhor amplitude de sua atividade em um diálogo multidisciplinar e multifacetado. Debruça-se ainda, em um estudo contínuo e sempre abrangente sobre sua área de atuação, respaldado em traquejos clínicos sempre direcionado para artigos e publicações mais recentes. Apoiado em uma estratégia clínica ética, esclarecedora e diretiva sem desconsiderar a responsabilidade de uma supervisão e autocuidado em seu trabalho. Esse autocuidado e supervisão contínua possui extrema importância por tratar-se de uma atuação extremamente desgastante a qual requisita muita atenção e dedicação além de considerável disposição de horas em certos casos.

    Com um respaldo teórico sobre dependência química, por exemplo, disposições legais, rede atendida regional, leis e regimentos, funcionamento biológico, psicológico e ambientais, esse profissional surge como um redefinidor de caminhos e possibilita a autonomia do acompanhado. Influindo nas disfuncionalidades das relações do sujeito – família, muitas vezes potencializadoras da própria dependência química. O AT não se posiciona como um cuidador, e sim, como um atribuidor e conscientizador de repertórios que o próprio acompanhado já possui e foi adquirindo ao longo de seu percurso. O AT é aquele que segura a lanterna esperançosa, enquanto o próprio sujeito traça seus passos rumo a sua libertação. Perguntamos a você leitor: sente-se preparado para ser essa luz?

    O Acompanhante Terapêutico como uma luz em um caminho escuro.https://www.viadefuga.com/lanternas-e-lampioes

    Este artigo foi elaborado e supervisionado juntamente com os alunos do Curso de AT em DQ de campinas juntamente com este colunista que é o idealizador do curso em Campinas SP, são eles os alunos:

    Danyelle Argemira Guimarães Fernandes, graduanda em Psicologia na UNIP Campinas -SP

    Eadred de Lima Ribeiro – graduanda em Psicologia pela FAC 3 – Campinas – SP

    Henrique Castanheira – graduando Psicologia na UNIP Campinas – SP

     Joaquina Nadir de Mattos, Assistente Social CREES 57089, atua como assistente social no programa de República Terapêutica do Instituto Padre Haroldo e conselheira em Dependência Química pela FLACT e FEBRACT.

     

    Leanordo Maia dos Santos, graduando em Psicologia na UNIFRAN – Franca – SP

     REFERÊNCIAS

    MARCO, Mariana Nunes da Costa; CALAIS, Sandra Leal. Acompanhante terapêutico: caracterização da prática profissional na perspectiva da análise do comportamento. Rev. bras. ter. comport. cogn., São Paulo, v. 14, n. 3, p. 4-18, dez.  2012 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452012000300002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 19 set.  2020.

    PITIA, Ana Celeste de Araújo; SANTOS, Manoel Antônio dos. O acompanhamento terapêutico como SILVA, Alex Sandro Tavares da; SILVA, Rosane Neves da. A emergência do acompanhamento terapêutico e as políticas de saúde mental. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 26, n. 2, p. 210-221,  June  2006 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932006000200005&lng=en&nrm=iso>. acesso em 05 setembro.  2020.  https://doi.org/10.1590/S1414-98932006000200005.

    REIS NETO, Raymundo de Oliveira; TEIXEIRA PINTO, Ana Carolina; OLIVEIRA, Luiz Gustavo Azevedo. Acompanhamento terapêutico: história, clínica e saber. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 31, n. 1, p. 30-39,   2011 .   Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932011000100004&lng=en&nrm=iso>. acesso em 05 Setembro 2020.  https://doi.org/10.1590/S1414-98932011000100004.

    SIMÕES, C. H.D. A produção científica sobre o acompanhamento terapêutico no brasil de 1960 a 2003: uma análise crítica. Campinas, SP: [s.n.], 2005.

    Werneck, Braz. Os três elementos essenciais do acompanhante terapêutico: encontro no cotidiano, intuição e movimento. Psychiatry on line Brazil. Fevereiro de 2010 – Vol.15 – Nº 2.    Disponível em: http://www.polbr.med.br/ano10/pcl0210.php  acesso em 18 Setembro  2020.

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